sábado, 23 de janeiro de 2010

Gatinha hóspede ganhou novo lar



Dia 28/12/09 começaram minhas férias. Me senti aliviada por ter 30 dias pra descansar, pra desligar das obrigações. Mas não gosto muito de férias nessa época, porque cidade turística fica com mercados intransitáveis, estradas consgestionadas e praias lotadas. É difícil sair de casa sem enfrentar uma fila. Mas, optei por janeiro para conciliar com as férias da faculdade; minha intenção era desligar completamente, não ter preocupações.
Logo no início das férias, dia 02/01/10, estava em casa e comecei a ouvir miados chorosos de gatinho filhote; o som era alto, parecia estar bem perto. Espiei na janela e vi que o filhote estava no quintal do vizinho, sendo acuado por dois cachorros. Chamei meu marido e descemos pra tentar ajudá-lo. Não tinha ninguém na casa do vizinho, então meu marido pulou o muro e resgatou a gatinha. Era uma gatinha preta, suja, super magrinha (parecia que não comia há algum tempo), com andar desingonçado e linda como todos os gatos, com aquele olhar pidão. Miava desesperadamente. Demos água e ração, e ela comeu com muita vontade. Meu marido foi na rua de onde ela veio pra tentar encontrar seu dono (pelo estado que ela estava sabíamos que não encontraríamos nenhum dono), e claro que não encontrou. Resolvemos cuidar dela até encontrarmos um novo lar. Ela estava com muita diarréia, levamos ao veterinário, tratamos com vermífugo e muito carinho. Foram 20 dias de muito cocô pelo chão (porque a coitadinha não conseguia segurar, ela tentava correr pra caixa de areia mas até chegar lá ía deixando o rastro pelo caminho rsrs), muito afeto, miados carentes, ronronados, noites mal dormidas, hostilidade entre os gatos da casa e a hóspede. Nesse meio tempo castramos nossa gata Mona e nosso gato Tim ficou doente, que função!!!! Enquanto estávamos tratando, começamos a divulgação para arrumar um novo lar pra ela. Um amigo do meu marido quis ficar com a gatinha e ontem entregamos ela pro novo dono. Sabem aquele misto de alegria com tristeza? Fiquei super feliz de ter recolhido ela da rua, de encontrar um lar acolhedor, de dar uma segunda chance a essa gatinha. Mas ao mesmo tempo senti uma tristeza imensa ao entregá-la. Foram só 20 dias, mas o suficiente para um gato seduzir uma pessoa apaixonada por gatos. Ainda vai demorar um tempo pra eu me recuperar; fica uma saudade gigante daquele olhar, do ronronar, dos pedidos de colo, das brincadeiras na sala, das cabeçadinhas de carinho no meu rosto, de todo afeto trocado. Fica tabém a indignação e incompreensão. Como alguém consegue abandonar um animal depois de tanto tempo de contato? E abandonos ocorrem todos os dias, em números grandiosos, pelos mais diversos motivos, mas isso é assunto pra outra postagem...

Na primeira foto só a gatinha hóspede, e na segunda ela está ao lado da Mona, com quem ela fez amizade aqui em casa.
Sei que fiz o melhor que pude pela gatinha, e sei que ela será bem tratada no novo lar. Ela foi embora, mas a saudade....essa vai ficar...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dias cinzentos também podem ser belos


Escrevi o texto abaixo em janeiro de 2004, exatamente há 6 anos. Resolvi postá-lo por acreditar que nada mudou, pode até ter piorado um pouco. Boa parte da humanidade (sem generalizações, é claro) continua sem tempo para os pequenos e belos detalhes que a vida oferece. Continuam mergulhados numa sociedade que exige a competição em quase todos os setores de convivência. Continuam abafados, censurados para expor suas opiniões e neuroses com naturalidade. Não conseguem perceber que os dias cinzentos também podem ser belos. E enxergar a beleza não significa parar de enxergar o que está errado e o que deve ser mudado.

O dia amanheceu cinzento,
um cinza tão belo que torna seu sorriso mais intenso
nos quintais e morros os ipês colorem o universo
mas as pessoas estão apressadas e com semblantes preocupados
será que vou me atrasar?
será que vai chover?

A chuva muda o rítmo da música
os pingos tocam as flores que exalam perfumes e cores
mas estamos muito ocupados para ver
será que vou me atrasar?
será que vou me molhar?

As pedras ficam escorregadias
perigosas pra quem tenta escalar
o mar quente me convida para um banho
e a melodia me envolve intensamente

E quando a chuva para
e o asfalto já está quase seco
as janelas vão se abrindo
e tudo volta a ser como antes
o sol brilha atrás das nuvens cinzentas
e as pessoas continuam apressadas.

Tim, parte 2


Hoje cedinho conversei com o veterinário sobre os exames do Tim; ele confirmou o diagnóstico que já havia desconfiado. Ele me mostrou o hemograma e o Tim está com o nível de plaquetas quase zerado, leucócitos bem abaixo e outras alterações. E isso tudo foi ocasionado pelo parasita no sangue, que vai desidratando, causando anemia e se não for tratado pode levar o animal à morte. Por isso o pobrezinho está tão apático.
Também fiquei preocupada com o nível de creatinina, que está no limite, indicando que devemos ter cuidado com a insuficiência renal, que é uma doença progressiva e que não possui cura. Ele terá que entrar numa dieta específica e fazer exames com frequência.

Mas agora o pior já passou, ele está medicado e com certeza ficará bem. Na foto meu gordinho todo preguiçoso no sofá, com alguns quilinhos a menos por conta da doença.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Programa de sábado? Clínica veterinária.


E quem disse que é fácil ter filhos? Mesmo que esses filhos sejam felinos, ainda assim o trabalho e a preocupação são grandes!!!
Ontem o sábado estava meio cinzento e chuvoso. E meu programa obrigatório nesse dia foi correr ao plantão veterinário. Meu gato Tim (é, eu sei que é um pouco ingênuo chamar de meu gato, quando na realidade ele é um dos meus proprietários, os gato é que ditam as regras por aqui)ficou doente e tivemos que correr pro médico.
Na sexta-feira minha outra gatinha, a Mona, foi castrada e nós ja estávamos em função dela para que não arrancasse os pontos da cirurgia. É quase improvável que um gato veja dois fios soltos na sua própria barriga e não deseje arrancá-los dali o mais rápido possível...e com a Mona não foi diferente. Mas enquanto nos preocupávamos com ela, meu pequeno gato de 6kg, o Tim (o meu lindo gato-vaquinha que está na foto da postagem), começou a passar mal. Estava apático, não quis tomar água nem comer sua ração; e isso realmente me deixou preocupada, porque o Tim NUNCA recusa comida. Vomitou a última refeição e estava queimando de febre. Eu e o zozi ficamos super preocupados e ligamos para o veterinário de plantão da clínica próxima a nossa casa. Conversamos com o médico e corremos pra clínica. O Tim deve ter 3 anos e 3 meses (estimado, porque o pegamos na rua quando ele tinha aparentemente uns 30 dias) e nunca havia ficado doente, por isso não foi nada fácil vê-lo tão derrubado.
Quando chegamos na clínica havia um casal bem desesperado, eles estavam chorando e em seguida eu pude ouvir os miados chorosos do gatinho deles. Eu não quis perguntar nada porque percebi que eles estavam muito abatidos, mas fiquei com o coração partido, acho que o gatinho não estava nada bem.
Em seguida o médico nos chamou e começou a examinar o Tim. Ele que sempre foi dócil, não gostou nem um pouco quando o veterinário introduziu o termômetro no seu ânus. E ele estava com 41º de febre.
Depois do exame o médico constatou que ele está com alguma bactéria incubada, e esta bactéria está parasitando as hemáceas, causando febre, anemia e desidratação. Mas para ter certeza amanhã ele fará um exame de sangue.
Eu realmente espero que seja só isso, pois o tratamento é feito com antibiótico (que ele já está tomando)e depois de alguns dias já estará tudo bem. Mas também não foi totalmente descartada a possibilidade de ele estar com insuficiência renal, que é uma doença que pode ser grave para os felinos.
Agora só nos resta esperar e torcer para que não seja nada grave. Como ele já está medicado, está comendo e bebendo normalmente.
Em outra postagem contarei a história de cada um dos felinos que mandam aqui em casa e do grande amor e fascinação que sinto por eles!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Mais uma tentativa...


Em setembro de 2008 resolvi criar esse blog, mas foi um mês conturbado e eu acabei excluindo as postagens e o blog. Agora estou aqui de novo pra dividir algumas palavras que ficavam num caderno que só eu tinha acesso. Medos, anseios, futilidades, observações. Gosto de observar o comportamento humano e suas imperfeiçoes inerentes. A idéia é não ter um padrão e permitir a insanidade que tentamos controlar no dia-a-dia; é ser a história e observá-la de longe.
Pra quem passar por aqui, bem-vindo!