quinta-feira, 8 de abril de 2010

Noite fria e cores quentes


Lentes de aumento mas não enxergo nem uma formiga, nem o céu. Ouço de longe o riso que eu deveria rir e os gritos silenciosos das sombras pávidas. As palavras embaralhadas me dizem muito mas não levam a nada. A penúria da imagem e a ignorância representada vejo toda noite na entrada. O bom dia que não espero mais me afasta da leviandade e da conveniência. Mas o afastamento do pensamento é mais lento. Resignificação daquela velha aventura, com a mesma tensão. As palavras que pesco de cada mente que rodeia, clareia, propaga ruído e cria outro ciclo de alienação. E a história que se repete não anula a decisão lá atrás. A insanidade não tem espaço, mas é parte quase inteira, controlada e censurada. Congelar pra tentar conservar o que ainda resta. Quando não tem ninguém por perto sou obrigada a abrir minha própria garrafa de água...eu consigo sim.

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